Câncer colorretal: março azul marinho, mês do combate à doença
Assim como qualquer outro tipo de câncer, a descoberta precocemente do câncer colorretal – também denominado de cólon e reto - é fundamental para o seu tratamento e cura. Ele, inclusive, é um dos tipos de tumores que tem prognóstico positivo.
Os tumores acometem a região do colón e reto, que são partes do intestino grosso. Este tipo tem taxa de 8% de mortes por câncer no mundo. Sua manifestação pode ter relação com hábitos não saudáveis, bem como a falta de exercícios físicos.
Principais sintomas do câncer colorretal
Seus sintomas vão depender do tamanho do tumor e de sua localização. Os mais comuns são sangue nas fezes, diarreia ou constipação, desconforto no abdômen, pelve ou reto, e alterações nos hábitos intestinais. No corpo como um todo podem surgir anemia, perda de apetite e de peso sem motivo definido e fadiga.
Importante ressaltar, também, que o câncer colorretal pode não apresentar nenhuma manifestação clínica e que seus sintomas não são exclusivos podendo, assim, serem confundidos com outros problemas, como hemorroidas, úlcera gástrica e verminose, por exemplo. Por isso, é primordial o acompanhamento de um especialista quando houver quaisquer indícios.
Em alguns casos, o câncer pode se espalhar para o fígado fazendo com que este órgão aumente de tamanho – perceptível em exame clínico. Também pode acontecer a icterícia, coloração amarelada da pele e do branco dos olhos, além de dificuldades para respirar por conta da disseminação para os pulmões.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 45.630 pessoas foram diagnosticadas com o câncer colorretal em 2022, sendo 21.970 homens e 23.600 mulheres. Números do Atlas de Mortalidade por Câncer informam quem em 2020 foram 20.245 mortes – 9.889 do sexo masculino e 10.356 do sexo feminino.
Principais fatores de risco do câncer colorretal
Como mencionado, os hábitos alimentares e do dia a dia podem ocasionar o câncer. Excesso de alimentos processados (salsicha, bacon, presunto, salame, mortadela, entre outros), de gorduras e carnes vermelhas estão relacionados ao problema. A questão do sedentarismo e tabagismo também, assim como o consumo em excesso de bebidas alcóolicas.
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Histórico familiar de câncer no intestino, bem como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC), ou histórico pessoal de outros cânceres como de mama, útero e ovário também estão correlacionados. Doenças inflamatórias no intestino - retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn – aumentam sua probabilidade.
Opte por uma dieta in natura saudável e rica em verduras, legumes, frutas, cereais integrais, sementes, grãos, vegetais e alimentos ricos em fibras, que proporcionam o bom funcionamento do intestino, aliada a exercícios físicos regulares. Mantenha contínua suas consultas médicas para que em caso de diagnóstico positivo do câncer ele seja tratado precocemente e tenha menores chances de agravamento.
A maior prevalência deste tipo de câncer está em indivíduos com mais de 50 anos de idade. A colonoscopia, exame endoscópico, é uma aliada para a detecção do tumor que começa como um pólipo não cancerígeno no revestimento interno do cólon ou do reto.
Exames para detecção
Apesar de primordial para o descobrimento do câncer em seu início, a colonoscopia ou retossigmoidoscopia muitas vezes é ignorada por se tratar de um exame desconfortável e invasivo – acontece com sedação e necessita de um preparo intestinal.
Com o exame realizado, há a coleta de material que é levado para estudo anatomopatológico, responsável por indicar o tratamento mais adequado para cada paciente. Outra opção é a pesquisa de sangue oculto nas fezes feito num intervalo de um a dois anos entre as colonoscopias.
Câncer colorretal e seu tratamento
A importância da colonoscopia se dá também pelo fato de que se o câncer estiver em seu início, o exame consegue fazer a remoção da lesão utilizando-a para método de tratamento.
Em casos mais avançados da doença, é necessária a retirada de partes próximas ao tumor do intestino e dos gânglios linfáticos, além de possível tratamento com radioterapia e quimioterapia.
Manter os exames em dia, portanto, é fundamental para a sua saúde. Tenha o hábito de realiza-los periodicamente. Procure um especialista e agende sua consulta.