Saiba quais são as doenças pulmonares mais comuns e seus principais sintomas
Problemas atingem o sistema respiratório e predisposição genética pode ocasionar os seus desenvolvimentos
Doenças pulmonares, de um modo geral, podem afetar qualquer pessoa. Entretanto, há casos em que a predisposição genética e histórico clínico podem facilitar o aparecimento desses problemas que atingem o sistema respiratório.
Quais são as mais comuns? E os seus principais sintomas? Continue a leitura e veja tudo sobre o tema neste artigo.
Em tempo: neste mês há ações de conscientização para o câncer de pulmão - agosto branco. O tipo de câncer é o que mais mata no mundo, atingindo 2,1 milhões de pessoas por ano.
As mais comuns doenças pulmonares
Dentre as doenças pulmonares, existem as que podem ser de fácil tratamento até aquelas que precisam de um acompanhamento médico pelo resto da vida ou por um bom período. O sistema respiratório é diretamente afetado – desde as vias áreas superiores a inferiores – e isso inclui alguns órgãos como os pulmões, obviamente, além de laringe, faringe, traqueia, diafragma e alvéolos.
As épocas do ano podem agravar os problemas, principalmente no inverno por conta do clima seco, potencializando as infecções. A seguir a lista das mais comuns:
Pneumonia
Infecção muito comum e com alguns tipos sendo evitados com vacina. É provocada por vírus, bactéria ou fungo. Os sacos de ar dos pulmões ficam inflamados podendo deixá-los cheios de líquido. A sua propagação é por gotículas respiratórias no ar.
Seus principais sintomas são tosse seca, catarros com pus, febre, calafrios, dores agudas no peito, fraqueza, dificuldade para respirar e arritmia cardíaca. A pneumonia pode ser fatal principalmente para bebês e idosos com mais de 65 anos.
Bronquite Crônica
A principal relação com a condição envolve o tabagismo. Faz parte das doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). O fluxo de ar pelo pulmão fica limitado com a obstrução crônica dos brônquios – o famoso “chiado no peito”.
A doença é considerada crônica quando ocorre por três meses ao ano ao longo de pelo menos dois anos seguidos. Além dos fumantes, a poeira, fumaça e poluição podem levar ao diagnóstico, podendo ser precedida ou acompanhada de enfisema pulmonar (doença crônica).
Dados do Datasus (departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil) relatam mais de 40 mil mortes por ano por conta de bronquite crônica.
Asma
Dentre as doenças pulmonares, a asma – juntamente com a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica –, lidera entre as mais comuns. A respiração é dificultada por conta que as vias aéreas ficam inflamadas, estreitas e inchadas e produzem grande quantidade de muco. Pode ter nível leve ou mais grave podendo levar à morte.
Os sintomas – também com respiração ofegante, tosse e dor no peito – geralmente são controlados com inaladores de resgate (as famosas bombinhas) e inaladores de controle (esteroides) - estes previnem as manifestações.
A asma pode durar anos ou a vida toda. Estima-se que no Brasil existam mais de 20 milhões de asmáticos. Alguns dos gatilhos da doença são: ácaros, fungos, pólens, pelos de animais, fumaça de cigarro, poluição ambiental, infecções virais e exposição ao ar frio.
Rinite Alérgica
Assim como a asma, a rinite alérgica se manifesta por conta de alguns gatilhos – perfumes, medicamentos, alguns alimentos, mudanças de temperatura, vírus, bactérias, fungos, mofo, pólen, descamação da pele, ácaro, pelos de animais, dentre outros.
A reação alérgica pode causa coceira, espirros, olhos lacrimejantes, vermelhos e inchados, coriza, espirros, congestão nasal, fadiga, dor de cabeça, irritação na garganta, tosse e sibilos (respiração bloqueada).
Geralmente os medicamentos anti-histamínicos, anti-inflamatórios, broncodilatadores e descongestionantes nasais são usados para diminuir os sintomas. Estabilizadores de membranas e corticosteroides também podem aliviar ou prevenir a rinite alérgica.
Sinusite
O problema se caracteriza pela inflamação dos seios paranasais, com sintomas como secreção e congestão nasal, dores de cabeça e dor facial, que podem ser resolvidos em dias ou semanas. É classificado de duas formas:
- Sinusite aguda: é desencadeada por uma gripe, resfriado ou alergias e desaparece por conta própria podendo ter auxílio de medicamentos, lavagem com soro e descongestionantes nasais;
- Sinusite crônica: é ocasionada por infecção ou por tumores e pode ter duração de até oito semanas podendo exigir antibióticos.
Tuberculose
É uma doença causada por bactérias e é contagiosa – pode ser transmitida através da fala, espirros e tosses. Vale a ressalva de que a tuberculose não se transmite por objetos compartilhados, como copos e talheres.
A maioria dos infectados não apresenta sintomas, mas eles podem ser de perda de peso, fadiga, dores no peito, febre, sudorese noturna e tosse com sangue. Nesses casos são necessários antibióticos e o seu tratamento pode durar meses.
A tuberculose, uma das doenças pulmonares que afeta 150 mil pessoas, em média, por ano no Brasil pode ser parcialmente evitada com a vacinação (com BCG – bacilo Calmette-Guérin), que protege crianças das formas mais graves do problema.
Embolia Pulmonar
É causada pela obstrução de uma ou mais artérias pulmonares que ficam bloqueadas por um coágulo sanguíneo, que na maioria das vezes são originários das pernas – raramente ocorre em outras partes do corpo (trombose venosa profunda).
Alguns fatores de risco são: tabagismo, obesidade, anticoncepcionais com estrógeno, imobilidade prolongada, varizes, câncer, cirurgias extensas e reposição hormonal. A gravidade do problema vai depender do tamanho do êmbolo podendo causar até a morte se a circulação pulmonar for completamente interrompida.
Os sintomas podem ser desde falta de ar e aceleração dos batimentos cardíacos, até palidez, ansiedade, tosse seca com sangue, dor aguda no peito e febre. O tratamento requer um acompanhamento médico.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
A doença obstrui as vias aéreas dificultando a respiração com sintomas como tosse crônica, tosse com secreção, pigarro, sibilos – a enfisema e bronquite crônica são as doenças mais comuns que compõem a DPOC. A asma brônquica também é geralmente associada.
As lesões causadas aos pulmões se tornam irreversíveis. Tratamentos com inaladores de resgate e esteroides inalados ou orais podem auxiliar no tratamento, mas a DPOC não tem cura.
O tabagismo é o principal fator de risco para a doença e é fundamental uma consulta com um médico pneumologista para diagnóstico e tratamento adequados.
Viu-se que diversas doenças pulmonares podem ser evitadas com bons hábitos de vida. Uma rotina de exames e check-ups também se tornam fundamentais para o bom funcionamento da sua saúde. Em caso de suspeita de alguma doença, agende sua consulta médica.