Quando chega o mês de outubro, o rosa começa a aparecer em todos os lugares. São edifícios iluminados com a cor, laços rosas e propagandas na televisão e na rua alertando sobre o Outubro Rosa, o mês da prevenção do câncer de mama. Você sabia que o mês de fevereiro também é dedicado a uma campanha de conscientização de saúde? É o Fevereiro Roxo, voltado a informar e ressaltar a importância do diagnóstico precoce de três doenças: a fibromialgia, a lúpus e o Alzheimer.
As patologias têm nomes, causas e sintomas diferentes, mas um ponto muito importante em comum: não existe cura conhecida para nenhuma das três condições. Mas os avanços da medicina apresentam opções de tratamento que devolvem aos portadores qualidade de vida e minimização dos sintomas. Por isso, diagnosticar as doenças logo quando surgirem os primeiros sinais é extremamente importante para iniciar os tratamentos e evitar que os sintomas avancem.
Neste artigo você vai conhecer melhor a fibromialgia, uma patologia que, se não tratada, pode dificultar o dia a dia do portador, tirando sua energia e causando muitas dores.
O que é?
A fibromialgia é uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) com causas não conhecidas. As dores intensas e prolongadas pelo corpo são os principais sintomas da condição. Em geral, os pacientes sofrem com essas dores por meses seguidos, sem interrupção, e elas podem se manifestar nos músculos, nas articulações e nos tendões.
Além disso, a fibromialgia pode causar depressão, ansiedade, dificuldade para dormir, dores de cabeça e fadiga (cansaço). Esses fatores compõem o quadro de sintomas e são considerados sinais da própria síndrome e/ou consequência das dores fortes e constantes.
Causas e Grupo de risco
A fibromialgia não tem causas conhecidas, mas existem alguns fatores que podem estar associados à doença, como histórico familiar e condições emocionais extremas (ex.: situações de estresse).
Também é possível observar que a síndrome aparece com mais frequência em mulheres com idade entre 20 e 50 anos. Ainda assim, existem casos da doença em pessoas de todos os sexos e idades.
O diagnóstico
O diagnóstico precoce é bastante importante na hora de tratar e controlar a doença. A grande questão é que a fibromialgia passa, muitas vezes, despercebida ou é confundida com outra patologia. Isso acontece porque os seus sintomas são encontrados também em muitas outras doenças. Assim, se houver suspeita da condição, procure um reumatologista o quanto antes.
É importante redobrar a atenção aos sinais para identificar a síndrome:
1) O tempo das dores – se elas ocorrerem por três meses seguidos ou mais, as chances de ser fibromialgia aumentam;
2) O local das dores – é comum que as dores apareçam com mais frequência nas “juntas” (joelhos, cotovelos, punhos, tornozelos, ombros) e no pescoço;
3) Os outros sinais – verifique se essas dores intensas estão acompanhadas dos outros sintomas citados. A união deles pode ser um indicativo forte da fibromialgia.
No consultório, o especialista deve realizar uma série de perguntas para entender melhor os sinais, identificar os pontos de dor e, em alguns casos, solicitar exames complementares para descartar outras doenças ou verificar se há alguma outra condição associada à fibromialgia.
O tratamento e a qualidade de vida do paciente
Os sintomas da fibromialgia são diversos, sendo assim, o tratamento ocorre também de maneira diversa. O objetivo principal das medidas é minimizar os sintomas e proporcionar o máximo de qualidade de vida para os pacientes.
Após o diagnóstico, o passo número um é manter um acompanhamento constante com o reumatologista para adequar o tratamento conforme a necessidade. Em geral, são usados medicamentos para aliviar as dores (tanto do corpo como as de cabeça), como analgésicos e relaxantes musculares.
Muitos casos recebem a orientação para tratamento psicológico e/ou psiquiátrico. A depressão e a ansiedade são sintomas frequentes e que precisam ser tratados paralelamente. Nesses casos, os terapeutas, psiquiatras e reumatologias trabalham em conjunto.
Os exercícios físicos são aliados importantíssimos no controle da fibromialgia. Eles fortalecem os músculos, liberam hormônios que trazem bem-estar e relaxamento (importantes para aliviar as dores físicas e emocionais) e ajudam a prevenir outras doenças que poderiam agravar ainda mais o quadro. Vale lembrar que as atividades devem ser orientadas por profissionais e avaliadas pelo reumatologista, a fim de atender as necessidades do paciente e não causar danos.
Outro profissional que compõe o time de combate à fibromialgia é o nutricionista. A alimentação saudável é responsável por levar ao corpo os nutrientes e vitaminas necessários, auxiliando no controle de algumas inflamações.
É possível viver com fibromialgia, e é possível viver bem. Não hesite em procurar ajuda médica e investir nos tratamentos.
Centro Médico Berrini
Clínica Médica - Zona Sul de São Paulo