Doenças na gravidez: saiba quais são as mais comuns e os seus riscos
O período da gravidez faz com que o corpo feminino passe por transformações. A gestação, experiência única na vida da mulher, pode trazer algumas doenças e/ou complicações. Confira as mais frequentes neste post
Você que vai ser mamãe em breve precisa se atentar aos cuidados do seu pré-natal para que a sua saúde esteja em dia, assim como a do bebê até o seu nascimento. É preciso ficar alerta a alguns sinais e sintomas que possam aparecer para que todos eles sejam comunicados ao seu médico obstetra.
O pré-natal é importante, pois identifica doenças que são silenciosas, a exemplo de diabetes, hipertensão arterial e sífilis. Pode detectar problemas com o feto, como má-formação, aferir questões relacionadas à placenta, como hemorragia, e também verificar precocemente a pré-eclâmpsia, uma das principais causas de mortalidade entre gestantes no Brasil.
O corpo da mulher sofre diversas transformações, como a alteração na produção hormonal, o que pode afetar o seu sistema imunológico, com maior facilidade, assim, para “doenças oportunistas”. Mas quais são elas?
Doenças na gravidez que são mais comuns
- Pré-eclâmpsia: doença hipertensiva específica da gravidez. Se não for tratada pode evoluir para a eclâmpsia, com consequências graves – inclusive fatais – para a mãe e o bebê. Estima-se, inclusive, que três mulheres morrem por dia no Brasil em sua decorrência. Seus principais sintomas são espuma na urina, dores abdominais, de cabeça e/ou estômago, inchaço, convulsões e vista embaralhada;
- Diabetes gestacional: os hormônios produzidos na gestação podem causar o aumento da resistência insulínica, desencadeando um quadro de diabetes gestacional. A doença pode levar a diversas complicações, dentre elas o parto prematuro e a pré-eclâmpsia, e por isso deve ser tratada caso seja diagnosticada pelo obstetra. Costuma se manifestar após a 26ª semana de gestação;
- Infecção urinária: a doença, muito comum entre as mulheres e também denominada de cistite, apresenta grande incidência entre as grávidas devido às alterações na anatomia e funcionamento dos rins e vias urinárias. Em geral, não é grave, mas deve ser tratada imediatamente para evitar maiores complicações para a mãe e o bebê;
- Anemia: mesmo as mulheres que nunca tiveram anemia podem ser acometidas durante a gravidez. Quando diagnosticada no início, pode ser tratada e não oferece risco para a mãe nem para o bebê. Em casos mais graves, representa um risco maior de parto prematuro, anemia no bebê e atrasos no seu desenvolvimento. Costuma aparecer nas últimas semanas pelo fato de o organismo necessitar de maior produção de hemoglobinas. Em casos não tratados, o bebê pode nascer com peso abaixo do normal comprometendo sua saúde. Principais sinais são sonolência em excesso e fraqueza;
- Asma: as mudanças fisiológicas respiratórias durante a gestação podem levar a um quadro de piora da asma em mulheres que já têm um histórico da doença. O principal risco é o comprometimento do desenvolvimento do feto devido à restrição do oxigênio e, por isso, a condição deve ser acompanhada pelo médico. Tem costumeiras ocorrências entre a 29ª e 36ª semana de gravidez;
- Vaginose bacteriana: tem manifestação por conta da baixa imunidade da gestante. Tem relação com o estresse e afeta a flora vaginal reduzindo a quantidade de lactobacilos, que são essenciais para a proteção da região. Tem como consequência corrimento e forte cheiro e pode ser tratada via oral ou vaginal.
- Distúrbios da tireoide: as alterações hormonais podem desregular o funcionamento da glândula, levando ao hipotireoidismo ou hipertireoidismo.
- Citomegalovírus: vírus da mesma família do herpes e também conhecido com CMV e tem como sintomas febre, inchaço na barriga e dor de garganta. Antivirais e injeções de imunoglobulinas são usados no tratamento para que não haja transmissão para o bebê.
- Toxoplasmose: a doença, causada por um protozoário encontrado em fezes de felinos e em água e alimentos contaminados, pode ser transmitida para o feto, o que pode levá-lo a danos neurológicos, deficiência mental e até o aborto.
- Estreptococos B: inofensivo para adultos, a doença pode causar danos graves ao bebê. Febre, dificuldade para mamar, fraqueza ou rigidez muscular, crise convulsiva, e dificuldade respiratória são os sintomas mais frequentes na infecção precoce. Nas infecções tardias, sepse e meningite são comuns.
A gravidez é de risco?
Alguns sintomas como náuseas, vômitos, enjoos, dores nas costas, prisão de ventre e câimbras são considerados normais durante uma gestação. Entretanto, alguns outros podem indicar que a gravidez é considerada de risco.
Atente-se a, por exemplo: dores ao urinar, sangramento pela vagina, tonturas e desmaios frequentes, aceleração repentina dos batimentos cardíacos, não movimentação do bebê por mais de um dia, dificuldade para caminhar e liberação de fluido amniótico antes do tempo.
Ter um acompanhamento médico constante durante a gestação é essencial, com cronogramas de consultas e exames pré-natal. O mais importante nesse período é preservar a saúde da mãe e do bebê, evitando diversos tipos de complicações e doenças na gravidez.