Coração de mulher também precisa de atenção: entenda os riscos invisíveis
Você sabia que doenças do coração são a principal causa de morte entre mulheres? Saiba como prevenir e proteger sua saúde cardiovascular.

Durante muito tempo, acreditou-se que doenças cardiovasculares eram uma preocupação exclusivamente masculina. No entanto, a realidade é outra: as doenças do coração são a principal causa de morte entre mulheres no Brasil, superando o câncer de mama. Ainda assim, o risco feminino é frequentemente subestimado — pelas pacientes e até por profissionais de saúde.
Ignorar sintomas, deixar exames de lado e priorizar todas as outras demandas da vida antes da própria saúde tem um custo alto. Por isso, este artigo é um alerta e, ao mesmo tempo, um convite: é hora de olhar com mais atenção para o seu coração.
Perguntas e respostas rápidas
- Mulheres também infartam?
Sim. E mais do que isso: os infartos em mulheres costumam ser mais fatais, porque muitas vezes não são reconhecidos a tempo. - Os sintomas do infarto são diferentes entre homens e mulheres?
Sim. Em mulheres, os sintomas podem ser mais sutis ou “atípicos”, o que dificulta o diagnóstico precoce. - Existe cardiologia específica para mulheres?
Sim. A cardiologia feminina considera as particularidades hormonais, metabólicas e comportamentais das mulheres em cada fase da vida. - Em que idade devo começar o check-up cardíaco?
A partir dos 30 anos já se recomenda iniciar a avaliação de fatores de risco. A partir dos 40, o check-up anual é essencial. - O estresse e a sobrecarga emocional afetam o coração?
Sim. São fatores de risco importantes, especialmente em mulheres que acumulam múltiplas funções e negligenciam o autocuidado.
Resumo do artigo
Este artigo aborda por que as doenças cardíacas ainda são negligenciadas pelas mulheres, quais são os sintomas que muitas vezes passam despercebidos, os principais fatores de risco, o papel fundamental da prevenção e quais exames são indispensáveis no check-up feminino. Um guia completo para que você cuide melhor do seu coração — em cada fase da vida.
Por que as doenças do coração ainda são subestimadas por mulheres
Há um imaginário coletivo que associa infarto e doenças do coração ao universo masculino. Essa percepção faz com que muitas mulheres não se identifiquem com os sintomas e acabem procurando ajuda tarde demais. Além disso, questões culturais, como o papel de cuidadora, levam muitas mulheres a negligenciarem a própria saúde.
Sintomas de infarto em mulheres que passam despercebidos
Diferente do clássico "aperto no peito", muitas mulheres sentem:
- Dor no estômago ou náusea
- Falta de ar
- Suor frio
- Cansaço extremo sem motivo
- Dor nas costas, mandíbula ou pescoço
- Ansiedade súbita
Esses sintomas podem ser confundidos com outras condições ou até mesmo ignorados, o que atrasa o diagnóstico e tratamento.
Principais fatores de risco cardiovasculares no público feminino
Além dos fatores clássicos como hipertensão, colesterol alto e diabetes, as mulheres lidam com condições específicas que aumentam o risco cardiovascular, como:
- Síndrome dos ovários policísticos
- Menopausa precoce
- Uso prolongado de anticoncepcionais hormonais
- Estresse crônico e depressão
- Doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide
Somado a isso, o estilo de vida — sedentarismo, alimentação desregulada, consumo de álcool e tabagismo — agrava ainda mais o risco.
Como a cardiologia preventiva pode salvar vidas
A medicina preventiva tem o poder de mudar trajetórias. Ao identificar fatores de risco ainda silenciosos e acompanhar de forma personalizada a saúde cardiovascular, é possível evitar desfechos graves como infarto, AVC e insuficiência cardíaca. A cardiologia feminina foca nas particularidades do corpo da mulher, respeitando os impactos hormonais e as diferentes fases da vida.
Check-up feminino: quais exames você deve fazer e quando
Um check-up cardiovascular completo para mulheres deve incluir:
- Avaliação clínica e histórico familiar
- Exames de sangue (colesterol, glicemia, hormônios)
- Eletrocardiograma
- Ecocardiograma
- Teste ergométrico (prova de esforço)
- MAPA (monitoramento da pressão arterial por 24h)
- Avaliação do risco metabólico
A frequência e a necessidade de cada exame devem ser determinadas em consulta, com base na idade, nos sintomas e no estilo de vida da paciente.
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