É sabido que a prática esportiva realizada com regularidade traz uma série de benefícios à saúde de quem a realiza. Porém, muitas vezes o histórico cardíaco aliado a exercícios pesados pode comprometer a frequência cardíaca e até gerar uma hipertrofia do coração. Por isso, uma série de medidas deve ser tomada antes mesmo da realização das práticas esportivas. Confira.
Existe uma máxima na medicina de que a atividade física contribui para evitar doenças cardiovasculares. Por certo, a prática esportiva, mesmo que de forma amadora, propicia uma série de benesses para seus entusiastas. Controle da pressão arterial, diminuição de taxas elevadas de diabetes, colesterol, entre outras vantagens.
Por isso mesmo, a campanha Setembro Vermelho, que contribui para a conscientização dos riscos eminentes de uma vida de excessos e maus hábitos alimentares, destaca a importância dos exercícios para a saúde cardíaca.
Entretanto, se uma pessoa com problemas cardíacos iniciar uma atividade física sem uma supervisão profissional adequada, o treino pode ser perigoso. Não é por menos que muitas academias e clubes exigem exames de prevenção cardiológica antes da matrícula do aluno.
Um histórico de doenças cardiovasculares requer uma atenção diferenciada por parte do treinador e do próprio atleta. Algumas vezes, dependendo do diagnóstico, as atividades físicas são banidas temporariamente da vida de uma pessoa.
Isso ocorre porque o músculo cardíaco, como qualquer estrutura do organismo, sofre uma série de adaptações durante o desgaste físico, muito por conta do estresse repetido. Por isso, o coração pode se adaptar das maneiras mais distintas possíveis. Se houver histórico de problemas cardiovasculares, essas mudanças poderão afetar drasticamente o coração.
Entre as principais alterações destaca-se a redução da frequência cardíaca. Ou seja, quando o sistema nervoso já se habituou com a sobrecarga e a adrenalina depois de um período. De forma geral isso traz benesses para uma pessoa saudável.
Já a hipertrofia do miocárdio ocorre quando há um engrossamento do músculo do coração (miocárdio), fazendo com que o órgão tenha mais dificuldade para bombear o sangue. Por sua vez, essa extensão propicia mais resistência durante as atividades físicas. Em contrapartida, a hipertrofia pode possibilitar um estresse no músculo cardíaco do paciente e até mesmo o surgimento de sopros.
Outro problema bastante comum durante a atividade física é a arritmia cardíaca. Mesmo na fase de adaptação, o músculo cardíaco já se encontra em desgaste. Se a intensidade das atividades se tornar maior, o coração poderá não suportar o esforço. Nesse caso o paciente pode sofrer uma parada cardíaca.
Por isso, os praticantes de exercícios e esportes, independentemente da idade, devem se atentar a uma série de sinais. De forma geral, os problemas se manifestam por meio de dor apertada sobre o peito. Insuficiência respiratória, tontura e fortes palpitações também são sintomas que acompanham o paciente durante uma crise. Portanto, todo cuidado se faz necessário.
A hipertensão é outra inimiga dos atletas profissionais e amadores. Se o praticante estiver em meio a alguma crise sem se dar conta do problema, antes mesmo de sua atividade, a pressão cardíaca irá subir ainda mais. Em casos extremos, essa elevação poderá configurar em uma série de contratempos mais graves, como infarto e até mesmo um acidente vascular cerebral (AVC). Quem sofre cronicamente com a condição deve sempre aferir a pressão antes da prática física.
Não é por menos que a prevenção cardiológica se faz necessária para todas as pessoas. Sobretudo para quem pratica esportes com regularidade. Por isso, o Setembro Vermelho é uma data muito importante no calendário médico. Nesse período, existem campanhas de prevenção de doenças cardíacas, que estimulam mudanças de vida.
Dentre todas as alternativas saudáveis para combater doenças cardiovasculares, a prática esportiva é uma opção primordial ao lado da diminuição no consumo do álcool, do tabagismo e da reeducação alimentar. Esses são fatores primordiais tratados no programa de conscientização do Setembro Vermelho.
Dentre todas essas recomendações, é importante reforçar que a realização de atividades físicas é benéfica para o coração. Não é por menos que cardiologistas indicam essa prática na prevenção de patologias associadas ao sistema cardíaco. E, claro, a realização de exames prévios à prática esportiva precisa ser levada em consideração. Sendo assim, o corpo e o sistema cardíaco estarão plenos e saudáveis para muito tempo de vida.
Centro Médico Berrini
Clínica Médica - Zona Sul de São Paulo