A partir da década de 90, principalmente, a relação entre a doença cardiovascular e a doença Diabetes passou a ser mais conhecida e valorizada a ponto de alguns especialistas considerarem o paciente Diabético como um ´cardiopata até prova em contrário” tamanho o benefício de se reconhecer e tratar a doença com a maior brevidade possível.
A via final comum do problema cardiovascular que o paciente diabético desenvolve com o passar dos anos é a doença aterosclerótica. A formação de placas de gordura nas artérias aumenta em até 4 vezes a chance de uma pessoa diabética sofrer um evento cardiovascular cujos mais conhecidos são o infarto do coração e o derrame cerebral porém, não se pode deixar de mencionar os problemas circulatórios principalmente das pernas e dos rins que também aumentam muito a morbimortalidade dessa população.
A insulina é o hormônio liberado no pâncreas que controla a concentração de açúcar no sangue levando-o para dentro das células. Atualmente acredita-se que a resistência ao efeito dessa insulina nas células tem sido considerada um elemento em comum entre diversos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, tais como hipertensão arterial, aumento das taxas de colesterol ( dislipidemia ) e obesidade .
Dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo revelam que uma média de 60 pessoas são internadas por dia devido a complicações relacionadas ao diabetes em hospitais públicos mostrando o grande impacto positivo que o controle adequado da doença pode trazer a população e ao sistema de saúde.
A Diabetes, uma vez instalada não tem cura.
Estudos mostram que as complicações cardiovasculares da Diabetes são significativamente menores quando se consegue um adequado controle dos níveis de açúcar no sangue que é o objetivo principal do tratamento dessa condição.
Conscientizar a população que a glicemia ótima é abaixo de 100 mg:dl e a hemoglobina glicada deve estar entre 5,5 a 6,4 é a intenção do dia mundial de combate a Diabetes. Acima desse nível alguém já é considerado diabético e a pessoa deve procurar ajuda de uma equipe multidisciplinar que inclui o endocrinologista, nutricionista e o cardiologista entre outros.
A redução em 1% da hemoglobina glicada faz com que o paciente consiga diminuir significativamente o risco cardiovascular.
A informação é a principal maneira de conscientizar.
Dr. Ricardo A. Maldonado
Médico Cardiologista
Centro Médico Berrini
Centro Médico Berrini
Clínica Médica - Zona Sul de São Paulo