A avaliação fisioterápica analisa todos os aspectos (físicos, psicológicos ou mesmo sociais) que podem influenciar no tratamento do paciente. Ela ajuda a traçar os objetivos e é também a garantia de um tratamento seguro e efetivo.
O que é?
A avaliação fisioterápica ou avaliação fisioterapêutica é um procedimento extremamente importante e que deve ser realizado antes do início de qualquer tratamento na fisioterapia. A avaliação é responsável por compreender o verdadeiro estado físico e também psicológico do paciente, identificar dificuldades e habilidades, possíveis déficits e importantes aspectos físicos, motores, sensitivos e funcionais. Ela deve ser sempre o primeiro passo para preparar e até decidir qual tipo de tratamento seguir. Em outras palavras, podemos dizer que a avaliação fisioterápica é uma espécie de investigação sobre o caso do paciente que não substitui ou pode ser substituída pelo diagnóstico médico, mas sim complementa e ajuda a traçar todos os objetivos do tratamento que será seguido.
A avaliação fisioterápica é realizada principalmente por meio da observação clínica, além de outros exames e testes específicos, que vão identificar desde aspectos físicos até histórico pessoal e familiar, e condições emocionais que possam influenciar no tratamento. É importante saber que não existe um único modelo de avaliação a ser seguido e isso pode variar bastante de acordo com cada caso e cada profissional. Por isso, o paciente deve sempre ser muito cauteloso na escolha de um profissional que seja adequado e confiável para a realização do procedimento.
É essencial ainda destacar que a avaliação é indispensável para se atingir um bom resultado com o tratamento de fisioterapia, seguro e efetivo. É ela quem definirá o caminho a ser seguido em uma fisioterapia de coluna, quadril ou ainda de outras áreas do corpo.
Quem deve fazer?
O procedimento deve ser realizado por todos os pacientes que apresentam algum quadro de doenças musculares, ósseas, que tenham sofrido fraturas ou traumas de qualquer tipo ou ainda passado por procedimentos cirúrgicos. Além disso, ela é recomendada também a pessoas que apresentam alguns sintomas, como dores, deformidades ou até dificuldade em se movimentar, de maneira recorrente.
É muito importante que todos os pacientes que procurem por uma fisioterapia de ombro, joelho, coluna, quadril, pé, tornozelo ou mesmo uma fisioterapia esportiva ou de qualquer outro tipo, realizem antes de qualquer coisa a avaliação fisioterápica.
O que é avaliado?
Como já explicado, a avaliação fisioterápica avalia desde simples aspectos físicos, como alterações, deformidades aparentes e postura, a mais elaborados, como os movimentos do corpo no geral.
Além de avaliar o corpo e a situação de cada músculo e osso do paciente, a avaliação costuma também observar e analisar aspectos psicológicos, sociais, familiares e emocionais, entre outros que podem trazer informações úteis. Diferente do diagnóstico médico, por exemplo, a avaliação fisioterápica é complementar justamente porque busca analisar cada caso de maneira global, incluindo todos os pontos que podem influenciar de alguma maneira durante o tratamento.
Como ocorre a avaliação?
O processo de avaliação fisioterápica costuma variar muito de acordo com cada caso e profissional, já que ela depende da interpretação do fisioterapeuta e também do histórico de cada paciente. Apesar disso, ela pode ser dividida em duas etapas que devem sempre estar presentes: a anamnese (ou entrevista ou interrogatório) e o exame físico.
A anamnese, como dito, nada mais é do que um interrogatório que será realizado pelo profissional antes de seguir para o exame físico. Este pode conter perguntas relacionadas aos sintomas relatados, ao histórico pessoal e familiar, além de outras questões mais específicas do paciente.
Quanto ao exame físico, ele costuma ser dividido em pelo menos três etapas. Primeiro, a inspeção, onde o paciente será observado pelo fisioterapeuta, a fim de identificar alterações na estrutura óssea e outros aspectos. Depois, acontece a palpação, em que o profissional deve verificar em um exame de toque algumas regiões do paciente em que pode ou não ter notado alguma alteração. Por fim, na terceira etapa do exame físico acontece a análise de todos os movimentos do corpo do paciente, observando quaisquer alterações que possam aparecer e também sons ou, no caso de pacientes que têm dificuldade de se mover, o grau dessa dificuldade e outras complicações.
Além dessas três etapas, o exame físico pode ainda conter uma série de testes mais específicos, que serão incluídos pelo profissional de acordo com cada caso e histórico.